Na última terça-feira (18), após Marivaldo dos Santos de Jesus, presidente e vereador da Câmara de Vereadores do município de Caldeirão Grande, juntamente ao restante da Mesa Diretora e a Procuradora da Casa, não cumprirem a decisão da justiça que anulou a eleição, o ato gerou revolta aos vereadores de oposição presentes, levando-os a abandonar a reunião legislativa, que teve de ser encerrada pela falta de quórum, ou seja, a quantidade mínima obrigatória de membros presentes para o decorrer da sessão.
Em entrevista ao Bonfim Notícias da última quarta-feira (19), o Vereador de Caldeirão Grande, Vagner Oliveira, comentou a respeito da situação. Ele alegou a falta de apoio e contato por parte do prefeito, Candinho Guirra, desde a posse do presidente da Câmara, Marivaldo dos Santos, em janeiro, em consequência, levando-o a criar um novo grupo político, destinado a fazer adesões políticas.
O vereador afirmou que junto aos outros vereadores, buscou um advogado para entrar com um mandado de segurança para que o presidente colocasse em pauta a formação das comissões, obrigatoriedade já protocolada na câmara e ignorada por Marivaldo. Vagner citou também a intimação, recorrida à justiça e atribuída a Marivaldo, a pretexto do seu abuso de poder no cargo, entretanto o presidente não seguiu a ordem e se propôs a conduzir a sessão, desatendendo a determinação judicial.
Seguidamente, mediante o desdenho à diretriz, o presidente se propôs a conduzir a sessão legislativa da noite de terça-feira (18), e desta vez, convocando apoiadores para se fazerem presentes na Câmara.
Vagner informou também que naquele mesmo dia, Marivaldo apresentou quatro projetos de lei que não foram mostrados aos vereadores a tempo de que eles pudessem ler ou ponderar acerca.
“Em respeito as pessoas que estavam lá, solicitei perto dele a palavra, para que a gente falasse um pouco sobre o projeto, porque não era justo que a gente votasse em um projeto, sem ler, sem ver direito e sem sentar com os colegas para fazer emendas ou alguma análise”, relatou vereador Vagner.
Após esta solicitação e mediante a recusa do presidente, Vagner contou que, juntamente a outros 5 vereadores, decidiu abandonar a sessão, que teve de ser encerrada. “A democracia precisa prevalecer na câmara de vereadores, e vou estar lá para fazê-la.”, concluiu Vagner.
Confira abaixo a entrevista na íntegra: